Copacabana me engana
Morar na Guanabara tem se mostrado um estágio não remunerado para o viver no inferno, onde os estandartes do rei avançam.
Os verões cariocas costumam ser particularmente insuportáveis. Claridade em excesso, suor em excesso, gente em excesso. Alegria forçada em excesso.
Exatamente agora, deveríamos estar no inverno. Porém, uma quantidade absurda de folhas secas cobre as calçadas, dando uma cara irresistível de outono. Mas a atmosfera seca atrapalha tudo, faz com que o ar da cidade fique estranho, doente, incomodativo.
Mas o fato é que, por pior que esteja a vida nas sesmarias do Rio de Janeiro, ainda é possível, mesmo que raramente, andar por uma rua repleta de árvores, de sombra, de umidade, de prédios art decó ou pilotis, sentindo no ar a propagação de uma melodia perene na cidade: Baby, do Caetano. A música que abre o filme “Copacabana me engana”, mas que é a trilha do que ainda resta de melhor em diversos bairros do Rio, e que espero eu, nunca deixe de existir.
"Você precisa saber da piscinaDa margarina
Da Carolina
Da gasolina
Você precisa saber de mim
Baby baby
Eu sei que é assim
Você precisa tomar um sorvete
Na lanchonete
Andar com a gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção do Roberto
Baby baby
Há quanto tempo
Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais
E o que eu não sei mais
Não sei, comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul
Da América do Sul
Você precisa
Você precisa
Não sei
Leia na minha camisa
Baby baby
I love you"
2 Comments:
e tem gente que diz que inverno deprime....
O que me deprime é ver esse céu cinza de poluição acumulada.
Beijos, Telstar Poonie ;)
claro que lembro! rs... está sempre convidado a vir para a mansão!
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